sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Artigo - Quarta grande força da Psicologia: Psicologia Transpessoal # Série

A Psicologia Transpessoal surgiu no século XX, sendo um aprofundamento da Psicologia Humanista, não é possível definir um único autor para a fundação desta força, nem tão pouco determinar datas pontuais. Os precursores da quarta força da Psicologia misturam-se e sobressaem da terceira força, cita-se Richard Maurice Bucke, Willian James e Carl Gustav Jung. Nesta força, consideram-se questões para além do ser, do potencial mais significativo do homem.     

      O psiquiatra canadense Richard Maurice Bucke (1837-1902) cita sua grande experiência espiritual, a denominou “experiência cósmica”; o médico e filósofo norte americano Willian James (1902-1958) interessou-se pelas experiências religiosas, e as caracterizou como noéticas (ausência do medo da morte e mudança de valores), segundo o autor existem estados de consciência, em estado de vigília (acordados) estamos em apenas um desses estados, em certas ocasiões esses diferentes estados poderiam se unir e nos conduziria a emergências mais elevadas (JAMES, 1958 apud Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, 2016).

Outro autor citado como fundador da Psicologia Transpessoal foi Carl Gustav Jung (1875-1961), embora seus estudos tenham sido publicados de forma anterior aos demais, a natureza de sua linha de estudo é citada na fundação desta nova força. Jung, fascinado pela diversidade de sociedade espalhadas pelo mundo leva seus estudo a uma nova proposta: o inconsciente coletivo. Segundo Jung existem diversos mitos e símbolos que são compartilhados, conhecidos por todas as culturas, isso somente seria possível se houvesse uma “memória coletiva”, um “inconsciente coletivo” que denominou de “arquétipos” (COLLIN, BENSON, GISBURG e outros, 2012).

A contribuição de Jung não somente no campo psicanalítico mas também para a formulação de novas formas de entender os indivíduos na Psicologia Transpessoal foram muitas, segundo (Kleinman, 2015, p.125) Jung “É considerado o fundador da psicologia analítica, que aborda a psicanálise pela compreensão do inconsciente e do desejo de um indivíduo de se tornar um todo. As ideias de Jung sobre extroversão, introversão, sonhos e símbolos foram extremamente influentes”.

As forças da Psicologia estabeleceram ao longo do tempo formas de estudar a psique humana. Cada abordagem, à sua maneira, busca compreender o ser humano em suas dimensões, biológicas, fisiológicas, comportamentais, ambientais e sociais. Ao abarcar um panorama significativo de teorias e possibilidades de estudo e de objetos diversos, as forças da Psicologia se mantém vivas, exercendo seu papel de direcionar as intervenções atuais.

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Referências

COLLIN, Catherine; BENSON, Nigel; GINSBURG, Joannan; GRAND, Voula; LAZYAN, Merrin; WEEKS, Marcus. O livro da psicologia. Tradução de Clara M. Hermeto e Ana Luisa Martins, São Paulo: Globo, 2012.

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA. Psicologia, Espiritualidade e Epistemologias Não-Hegemônicas – Volume 3 / Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. - São Paulo: CRP - SP, 2016.

KLAINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre psicologia: Um livro sobre o estudo da mente humana. Tradução Leonardo Abramowicz – 1ª ed. – São Paulo: Editora Gente, 2015.

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