A Psicologia Transpessoal surgiu
no século XX, sendo um aprofundamento da Psicologia Humanista, não é possível
definir um único autor para a fundação desta força, nem tão pouco determinar
datas pontuais. Os precursores da quarta força da Psicologia misturam-se e
sobressaem da terceira força, cita-se Richard Maurice Bucke, Willian James e
Carl Gustav Jung. Nesta força, consideram-se questões para além do ser, do
potencial mais significativo do homem.
O psiquiatra canadense Richard Maurice Bucke (1837-1902) cita sua grande experiência espiritual, a denominou “experiência cósmica”; o médico e filósofo norte americano Willian James (1902-1958) interessou-se pelas experiências religiosas, e as caracterizou como noéticas (ausência do medo da morte e mudança de valores), segundo o autor existem estados de consciência, em estado de vigília (acordados) estamos em apenas um desses estados, em certas ocasiões esses diferentes estados poderiam se unir e nos conduziria a emergências mais elevadas (JAMES, 1958 apud Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, 2016).
Outro autor citado como fundador
da Psicologia Transpessoal foi Carl Gustav Jung (1875-1961), embora seus
estudos tenham sido publicados de forma anterior aos demais, a natureza de sua
linha de estudo é citada na fundação desta nova força. Jung, fascinado pela diversidade de sociedade espalhadas pelo mundo leva
seus estudo a uma nova proposta: o inconsciente coletivo. Segundo Jung existem
diversos mitos e símbolos que são compartilhados, conhecidos por todas as
culturas, isso somente seria possível se houvesse uma “memória coletiva”, um
“inconsciente coletivo” que denominou de “arquétipos” (COLLIN, BENSON, GISBURG
e outros, 2012).
A contribuição de Jung não
somente no campo psicanalítico mas também para a formulação de novas formas de
entender os indivíduos na Psicologia Transpessoal foram muitas, segundo
(Kleinman, 2015, p.125) Jung “É considerado o fundador da psicologia analítica,
que aborda a psicanálise pela compreensão do inconsciente e do desejo de um
indivíduo de se tornar um todo. As ideias de Jung sobre extroversão,
introversão, sonhos e símbolos foram extremamente influentes”.
As forças da Psicologia
estabeleceram ao longo do tempo formas de estudar a psique humana. Cada
abordagem, à sua maneira, busca compreender o ser humano em suas dimensões, biológicas,
fisiológicas, comportamentais, ambientais e sociais. Ao abarcar um
panorama significativo de teorias e possibilidades de estudo e de objetos
diversos, as forças da Psicologia se mantém vivas, exercendo seu papel de
direcionar as intervenções atuais.
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Referências
COLLIN,
Catherine; BENSON, Nigel; GINSBURG, Joannan; GRAND, Voula; LAZYAN, Merrin;
WEEKS, Marcus. O livro da psicologia.
Tradução de Clara M. Hermeto e Ana Luisa Martins, São Paulo: Globo, 2012.
CONSELHO
REGIONAL DE PSICOLOGIA. Psicologia,
Espiritualidade e Epistemologias Não-Hegemônicas – Volume 3 / Conselho Regional
de Psicologia de São Paulo. - São Paulo: CRP - SP, 2016.
KLAINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre
psicologia: Um livro sobre o estudo da mente humana. Tradução Leonardo
Abramowicz – 1ª ed. – São Paulo: Editora Gente, 2015.
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