O
behaviorismo, também conhecido como comportamentalismo, surgiu no início do
século XX nos Estados Unidos tendo como seus precursores Edward Lee Thorndike e
Ivan Petrovich Pavlov. Quem deu voz à
abordagem foi John Broadus Watson,
após este último o mais importante behaviorista foi Burrhus Frederic Skinner.
A teoria evolutiva de Darwin e a teoria objetiva e
mecanicista da aprendizagem de Thorndike (1874-1949) influenciaram as pesquisas
de Pavlov, este foi o cenário onde começa a surgir o behaviorismo (BARRETO e
MORATO, 2008).
Pavlov cursou fisiologia e química na Universidade
de São Petersburgo, voltou sua atenção para a correlação entre salivação e
digestão, este interesse promoveu seu entendimento sobre as relações das
funções autônomas e o sistema nervoso, desenvolvendo o conceito de “reflexo
condicionado” e em 1930 utilizou estes conhecimentos aplicados às psicoses
humanas (KLEINMAN, 2015).
O objeto de estudo desta linha da psicologia é o
comportamento (behavior), segundo
Bock, Furtado e Teixeira (2008, p. 58) “Watson, postulando o comportamento como
objeto da psicologia, dava a essa ciência a consistência que os psicólogos da
época vinham buscando – um objeto observável, mensurável, cujos experimentos
poderiam se reproduzidos em diferentes condições e sujeitos”, por este fato o
behaviorismo foi a primeira força da psicologia, proporcionando a caracterização
ideal para seu início como ciência.
Skinner deu continuidade às propostas de análise do
comportamento, para ele existe uma unidade básica para se analisar o
comportamento dos indivíduos, o que denominou de “contingência de três termos”,
a saber: ocasião em que se manifesta o comportamento, o comportamento em si e
sua consequência sobre o ambiente e o indivíduo que emite o comportamento. Essa
relação pode constituir contingências de reforço que analisadas podem indicar
condições de discriminação, aprendizagem que são entendidas como ampliação de
repertório dos indivíduos. (SKINNER apud DELITTI,1993).
A continuidade das propostas comportamentalistas
levaram a diversos desdobramentos para os estudos, entre eles destaca-se a
abordagem sócio-comportamentalista propondo uma associação com a perspectiva cognitiva,
sendo esta uma intermediação para modificação de comportamentos. Neste cenário
destaca-se a linha de pesquisa de Albert Bandura, com sua teoria
cognitiva-social que enfatiza a relevância dos reforços na aquisição e
alteração de comportamentos, defende que os processos cognitivos são mediadores
entre estímulo e resposta (BARRETO e MORATO, 2008).
Os estudos que relacionam o comportamento aos
aspectos cognitivos levaram a muitas descobertas e o surgimento de diversas
formas de intervir e analisar os comportamentos. É relevante expor, no entanto,
que este não é o único desdobramento desta abordagem e que muitos outros
conhecimentos ainda podem advir do behaviorismo.
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Referências
BARRETO, Carmem Lúcia Brito Tavares; MORATO, Henriette
Tognetti Penha. A
dispersão do pensamento psicológico. Boletim de psicologia,
Vol., LVIII, nº 129: 147-160, 2008.
BOCK, Ana Mercês
Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2008.
DELITTI, Maly. O uso de encobertos na terapia comportamental. Temas em Psicologia. v.1 n.2 Ribeirão
Preto ago. 1993.
KLAINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre
psicologia: Um livro sobre o estudo da mente humana. Tradução Leonardo
Abramowicz – 1ª ed. – São Paulo: Editora Gente, 2015.
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